Sempre que o Espírito Santo está presente, há modificações nas pessoas. Ele convence, e só Ele, do pecado individual e pessoal, da justiça de Deus que pede satisfação, e do Seu juízo, que a tudo explora e sonda. Ele, e só Ele, dá ao cristão a convicção íntima de ter sido perdoado como pecador e estar livre da condenação eterna; a convicção íntima de ter sido adotado como filho por Deus, com todas as responsabilidades e regalias consequentes; a convicção íntima de ter uma relação com Deus de tal natureza que pode se considerar herdeiro dEle.
Sendo Deus amor, Seu Espírito somente pode infundir nos Seus filhos e filhas o mesmo sentimento, tanto na esfera privada, quanto na esfera comunitária. A Igreja, o conjunto dos filhos e filhas adotados através de Cristo, é (ou deveria ser) uma atmosfera de amor mútuo (e não de rivalidade pecaminosa), de ordem (e não de desordem), de paz (e não de perturbação), de alegria (e não de tristeza).
Sua ação leva os fiéis a desejar, buscar e implementar a unidade; a viver, e buscar para que todos vivam, a liberdade de serem filhos dEle; a ter a esperança firme nos corações, mesmo em tempos difíceis; a buscar a justiça nos aspectos humanos que seja reflexo da justiça divina que os beneficiou; a viver em verdade e sabedoria frente aos desafios que empurram para a mentira e insensatez.
Se os fatos são contrários ao descrito, é importante perguntar: por quê?
As Escrituras, tanto na Primeira quanto na Segunda Aliança, revelam que as pessoas podem sim resistir a ação do Espírito, podem entristecê-Lo, podem recusar Sua direção e orientação. Não só a pessoa enquanto indivíduo, mas seu conjunto enquanto comunidade. As comunidades locais de fé podem sim, como registra o livro da Revelação, serem resistente ao Seu pastoreio, mesmo demonstrando aspectos externos (e internos) louváveis.