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O tempo da Quaresma

A Quaresma é um tempo litúrgico que nos prepara para a celebração da Festa central do Cristianismo: A Páscoa, a rememoração da ressurreição do Senhor! É um tempo voltado à reflexão e ao arrependimento, uma introspecção geradora de constrangimento e transformações, mudanças reais, amadurecimento, tempo de nos tornarmos pessoas melhores e vivenciarmos uma proximidade da pessoa do Cristo. Esse tempo faz parte do calendário litúrgico das igrejas cristãs e é um momento muito importante para relembrarmos o grande amor de Deus para com a humanidade.

Como determinou o Concílio de Nicéia (325 d.C), a Quaresma dura 40 dias: começa na quarta-feira de cinzas, próximo dia 14/02, e termina no Domingo de Ramos, dia 25/03, domingo anterior ao domingo de Páscoa. A duração da Quaresma se baseia no símbolo do número quatro na Bíblia Sagrada, que representa sofrimento, provações e dificuldades humanas de forma completa e inteira. Rememoramos os 40 dias do dilúvio, os 40 anos de travessia do deserto pelo povo hebreu quando foram resgatados, por Moisés, das mãos de Faraó e os 40 dias do jejum de Jesus quando fora tentado no deserto. A cor litúrgica desse tempo é o roxo, que representa realeza, sofrimento e arrependimento.

Na Quaresma é como se Cristo nos convidasse à um novo nascer, à mudança de vida, à um repensar sobre nossa relação com o Divino, conosco mesmo, com o próximo e com a criação. Somos convidados a vivenciarmos a Quaresma como um desafio de proximidade com o Eterno. Somos constrangidos à busca da leitura regular e assídua das Escrituras Sagradas, à oração com mais vigor, à um Jejum com maior atenção e prática das boas obras que a bíblia nos orienta. Essas são atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos tanto de d’Ele.

A Quaresma é tempo de perdão e de reconciliação. É nesse tempo que aprendemos a conhecer e a apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar a nossa própria cruz com alegria, assumindo nosso papel de discípulos do Senhor Jesus em meio a essa sociedade tão conturbada, racionalista, hedonista e efêmera.

O convite é para a vivência de uma Quaresma reflexiva, intensa e transformadora. Não apenas como mais um tempo qualquer do calendário litúrgico, mas como uma atitude de vida. É nos incorporarmos ao “mistério Pascal”, meditarmos na história da salvação. É, acima de tudo, vivermos os ensinamentos do Mestre com intensidade e verdade. Vivamos intensamente este tempo de preparação e celebremos a vida na ressurreição!

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