O Espírito Santo é ativo, tanto na direção de Israel no Velho Testamento, quanto na direção da Igreja, no Novo Testamento. Os profetas acusaram o povo e seus líderes de tomarem decisões equivocadas, baseadas exclusivamente nos pontos de vista que tinha, excluindo do processo de decisão o ato de consultar a Ele qual caminho a seguir.
Na nova aliança, é revelada a ação do Espírito de diversos modos e em diversas frentes. O meditar nas Escrituras, estudar e procurar compreender a “boa, santa e agradável vontade de Deus” é uma delas. E, talvez, na vida corriqueira dos cristãos, a ação mais frequente. Mas há momentos em que Ele age extraordinariamente. Por exemplo, transportou Felipe, fisicamente, do local do seu encontro com o oficial etíope para uma cidade a muitos quilômetros de distância. Levou João (fisicamente ou em visão?) às diversas circunstâncias que presenciou e descreveu no Apocalipse. Conduziu Pedro em um longo e difícil processo de aprendizado, envolvendo visões, oração, meditação e ação de outras pessoas para que esse apóstolo compreendesse que o Evangelho não se destinava exclusivamente aos judeus, mas também aos gentios.
No primeiro concílio doutrinário que foi registrado, a assembleia entendeu que a decisão tomada fora segundo a orientação do Espírito Santo, que se manifestou na análise, na discussão e na decisão sobre um problema específico (At 15).
No dia a dia da vida do cristão, o Espírito age, não só lembrando-o das Escrituras, dos Seus ensinamentos, mas moldando em um processo longo e individual todos os seus desejos mais íntimos e pessoais, de tal forma que mesmo o que hoje chamamos “inconsciente” seja modificado ao longo da vida: “imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes” (Gl 5)