Livros e livros já foram, e serão mais, escritos a este respeito. Nestas poucas linhas, portanto, não é possível falar sobre todos os aspectos desta questão. Mas há algumas perguntas que podem ser feitas.
Que diferença faz se Deus usou diversas criações a partir do nada, ou se criou, e coordenou, todo um longo processo de criação do mais simples para o mais complexo? O primeiro Deus é mais maravilhoso que o segundo? Ou o segundo mais que o primeiro? Cuidado com a resposta. Ele vai revelar mais sobre você do que você gostaria…
O que é sagrado? As Escrituras ou a forma de interpretá-las? A quem elas se referem quando dizem “passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13.31). Por que pode ser dito que, “sem sombra de dúvida o Criador não usou a evolução como o mecanismo para a criação de tudo o que há”?
Qual a mensagem central das Escrituras? Se elas fossem reduzidas a um único verso, qual seria ele? Gênesis 1.1? Apocalipse 21.1? João 3.16? IJo 3.16? Provavelmente a esmagadora maioria dos cristãos escolheria um dos dois últimos, e não um dos dois primeiros.
Não seria uma forma de idolatria, ou uma negação sutil da onipotência do Criador, se a discussão de como a criação foi construída (evolução teísta, evolução ateísta, criacionismo) assumisse o papel de ponto central da fé cristã, a razão pela qual se crê, e uma forma de não ter dúvidas? Não seria um modo de fazer Deus “previsível”?
Há dezenas, ou centenas, de perguntas que podem ser feitas a este respeito. Mas frente a realidade da cruz e da ressurreição, precisa-se de um milagre maior?