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O homem, o mal e a capacidade de decidir

Se nada escapa ao controle divino, o homem é um ser livre? Ou tudo já está escrito e determinado?

Não é uma questão fácil de examinar. Depende do que se chama “ser livre”.

Se o ser humano pudesse viver sem nenhum auxílio divino, estivesse imune a qualquer decisão do alto, ele seria igual a Deus, não? Criatura igual em poder com seu criador? Parece possível?

Novamente as Escrituras não fornecem dados suficientes para uma resposta completamente satisfatória. Mas há pistas muito importantes.

O casal no Jardim do Éden tinha uma capacidade de decidir que hoje a humanidade não tem: ele poderia decidir seguir tudo o que fora estabelecido pelo Criador, ou não. Ao optarem por comer do fruto da árvore da vida, optaram por viver fora dos limites e programa planejados por Deus. Esta decisão deles (homem e mulher, juntos) tirou de nós a possibilidade de a fazermos, pois nos tornamos, desde a queda, escravos do pecado. Isto quer dizer que tomar decisões pelo mal faz parte da natureza humana, é intrínseco, nos define, fazemos sem esforço. E optar pelo bem somente é possível porque a graça de Deus conosco nos possibilita.

Mesmo optando pelo mal, há diversas possibilidades, e não uma única. Somos livres para decidir que mal, qual a sua abrangência, quais as suas consequências, desejamos. Mas fazer o bem, sem que a graça de Deus a isso nos capacite, eleitos ou não, é impossível. Igualmente impossível é decidirmos (se é que o fazemos – aguarde, no futuro, a reflexão sobre eleição), sem a operação da graça especial, pela salvação.

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