Também é possível falar de pactos da graça, já que, ao longo dos milênios, Deus estabelece com a humanidade, em determinados momentos, acordos onde Ele oferece algo não merecido, e a uma pessoa específica, ou um grupo específico se compromete a cumprir sua parte, ou tarefa.
O primeiro grande pacto é o que ocorre após o dilúvio, onde a nova humanidade que dali surge recebe a promessa de que não haverá mais destruição pelas águas. E este nada pede da humanidade. A ela é dada esta promessa, e ela nada tem a fazer para que ela seja cumprida. Contudo, as Escrituras revelam que em diversos momentos povos diferentes são submetidos ao juízo divino, e punidos por seus pecados contumazes.
Com Abraão um pacto é celebrado e atualizado em diversos momentos. O primeiro, é ordenado que ele deixe sua terra e parentes e vá, já idoso, a uma terra distante. A promessa, Abraão seria
o pai de uma grande nação e através dele toda a humanidade seria abençoada. Em outro momento, à descendência dele seria dada aquela terra onde ele era agora peregrino. E seria dada em um momento quando Deus executaria seu juízo sobre diversas nações. Mais à frente,como fruto de uma intervenção divina, sua esposa Sara, há muito tempo na menopausa, seria agraciada com uma gravidez. E anos depois, ao se propor a sacrificar Isaque, o filho de sua velhice, novamente a aliança é celebrada. Abraão, em todos os momentos, respondeu com graus variados de fé à graça que lhe era prometida.
Séculos mais tarde, Deus celebra um novo pacto com Davi, o filho caçula de um pastor de ovelhas sem nada de especial. E a ele é prometido que seu descendente seria rei eternamente.