O apóstolo Paulo, em uma passagem bela e poética, ensina aos filipenses que “Cristo Jesus…embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus, era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”. Paulo afirma novamente a divindade de Cristo e apresenta aos cristãos de então uma característica divina radicalmente diferente.
Ele não faz comentários sobre o controle que Jesus tinha da natureza (transformou água em vinho, acalmou a tempestade, ressuscitou os mortos, multiplicou pães e peixes), ou do conhecimento sobre o desenrolar da história, ou do conhecimento antecipado que tinha das pessoas (sabia que seria discípulo até o fim e quem o abandonaria). Ele se refere à capacidade de doar a Si mesmo que o Deus revelado pela Bíblia tem.
Jesus, sendo 100% Deus, afasta-se, de algum modo, dessa comunhão eterna, e passa a ser também 100% eternamente homem, porque assim Ele desejou; desejou morrer a nossa morte para que tivéssemos vida através de Sua morte e Sua ressurreição. Viu na nossa necessidade um interesse muito mais importante que os Seus próprios interesses.
Se antes da ressurreição onipresença estava prejudicada pela Sua corporalidade, após ela temos Sua promessa de que, enquanto Deus/homem estará sempre com seus discípulos, principalmente quando estiverem reunidos. Permaneceram, enquanto com seus discípulos, a onipotência (que inclui o poder de dar e tomar de volta Sua vida) e a onisciência.
E Seus atributos eternos estão na adoração retratada no livro do Apocalipse, onde os adoradores se ajoelham na presença d’Ele e Lhe dão o louvor que somente à Trindade é devido.