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O pacto com Adão e Eva

A aliança com o primeiro casal estabelecia como a criação deveria prosseguir. Em relação a si mesmo, cabia ao ser humano povoar a terra, formando comunidades e culturas; em relação aos vegetais, usá-los como alimentos; em relação aos animais, dominá-los (provavelmente pelo conhecimento e cuidado sobre eles); em relação a natureza como um todo, preservá-la. É notável que as obrigações eram simultâneas: obter da natureza a subsistência, mas preservando-a. O que muitos não consideram possível hoje em dia, Deus ordenou no princípio dos tempos.

O texto em Gênesis parece sugerir que a morte das pessoas não era prevista (há muita discussão teológica neste ponto), já que o mandamento de não comer do “fruto da árvore da ciência do bem e do mal” é o único momento em que o termo morte é usado. A obediência a este ponto seria a chave da imortalidade nesta criação.

A morte, causada pela desobediência, veio em duas etapas: o isolamento da fonte da vida (Deus, o Seu criador) e a degeneração progressiva do corpo até sua decomposição final, misturado ao solo. A partir desta desobediência, a história toma outro curso, e outras alianças são decretadas. A última, pela justificação da cruz, cancela imediatamente a “morte imediata” (o exílio da presença de Deus) e anula os efeitos da “morte tardia”, pela ressurreição a ocorrer no último dia.

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