Vamos retornar à história do primeiro casal. Eles pecam ao, deliberadamente e sabendo o que estavam fazendo, desejarem ser aqueles que determinam o que é certo e o que é errado. E a punição para tal era a morte, como havia sido comunicado previamente. Mas a morte lhes veio diferente do que imaginamos. No lugar de, simplesmente, deixarem de existir, passaram a existir longe da face do Criador, dAquele que os visitava ao final do dia. E o que o texto diz ao seu final? Deus os expulsa do jardim e lhes faz roupas: Ele não lhes dá a capacidade de fazê-las e deixa que se arrumem sozinhos. Ele mesmo lhes providencia um socorro!
É isto que, em termos técnicos, os teólogos chamam de “graça comum”: a ação de Deus no mundo que O ignorou, que O rejeitou, de tal forma que ainda haja beleza, harmonia, desenvolvimento, crescimento, e toda sorte de bondade mesmo no meio da mais absurda e crua maldade.
Pelo pecado, é impossível a qualquer ser humano agradar a Deus, já que toda ação humana não é pura em si mesma, mas é contaminada por motivos, desejos, sonhos, expectativas, etc contrários á vontade dEle. Neste sentindo, nenhum ser humano presta, e nenhuma atitude humana tem valor capaz de apagar o fato do pecado. E não é possível a ninguém se voltar para Ele se não for por Deus motivado. É o ensino (doutrina) conhecida como “depravação total do homem”. Não a sua incapacidade de fazer o bem ao seu semelhante, mas a incapacidade de ser puro em tudo o que faz, e a incapacidade de, por si só, sem a ação do Espírito Santo, voltar-se para Deus em busca do Seu perdão.