“Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.” Salmo 2.7
Domingo de muitas celebrações; o dia dos pais, o dia das missões e o aniversário de 158 anos do presbiterianismo no Brasil, procuro convergências.
Paternidade é uma missão, uma das mais importantes na existência, uma dádiva de Deus. Aqueles que têm filhos, biológicos ou não, devem se esforçar para exercê-la com gratidão e responsabilidade. Maravilhoso é exercer uma das funções utilizadas por Deus para revelar-se à humanidade. Nós, os humanos, mesmo com muito esforço e labuta, exercemos a paternidade de forma ínfima comparada com a exercida pelo Criador. Deus se mostra de várias formas e quando o faz como um pai, o é profundamente perdoador, cuidador e amparador.
O presbiterianismo chegou em terras “tupiniquins” por missão dos irmãos estadunidenses e sendo o pai um gerador, um cuidador, um fundador de uma doutrina, escola, ou instituição, o presbiterianismo brasileiro possui um pai, o reverendo Ashbel Green Simonton.
Uma das possibilidades de origem do dia dos pais é uma homenagem prestada por Sonora Louise Smart Dodd, que em 1909, na cidade de Washington, ouviu um sermão dedicado às mães e teve a ideia de celebrar o dia dos pais. Sonora experimentou ser criada por um pai que, após perder a esposa no parto do sexto filho, criou os seis filhos com toda dedicação. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho de 1910, aniversário do pai de Sonora. No Brasil, a ideia de se ter um dia dedicado aos pais partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953. Por motivos comerciais, a data foi alterada para o 2º domingo de agosto, ficando diferente da estadunidense e da europeia.
Já o presbiterianismo no Brasil, por outro lado, nasceu com a chegada de um missionário norteamericano: Ashbel Green Simonton, que estudou em Princeton e foi ordenado ao ministério no dia 18 de junho de 1859 e em 12 de agosto do mesmo ano, aportou na cidade do Rio de Janeiro. Casouse em 1863, mas no ano seguinte sua esposa faleceu em terras brasileiras. Simonton foi o pai espiritual de muitos e é o pai do presbiterianismo brasileiro.
Neste segundo domingo de agosto com tantas lembranças, intercedamos pelos que exercem a paternidade, que ela seja com dignidade, integridade e responsabilidade segundo o caminho proposto pelo Pai Celestial. Sejamos gratos aos missionários estadunidenses que, deixando o conforto da terra natal, vieram ao Brasil para pregar a boa notícia da salvação e celebremos os 158
anos do presbiterianismo em nosso país.
A Deus seja toda a Glória!
Reverendo Jorge Diniz