Grande parte da cristandade celebra, neste domingo, o Pentecostes; uma festa dos judeus celebrada 50 dias após a Páscoa. E foi durante uma celebração destas que o Espirito Santo de Deus veio sobre os apóstolos e os 120 discípulos em Jerusalém, cerca de 50 dias após a morte do Senhor. A descida do Espírito naquele dia marcou o início da Igreja Cristã.
Após longos séculos de uma revelação gradativa de Deus à humanidade, o ápice de sua revelação na encarnação de Jesus Cristo; no Pentecostes Deus capacita os seus com poder para pregar o Evangelho ao mundo. O Espírito Santo vem habitar na Igreja, isto é, em todos que são realmente regenerados; vem conceder dons espirituais; vem nos iluminar, santificar, guiar e consolar em nossas tribulações; vem atrair-nos a uma busca de sua plenitude mediante sua palavra, mediante a oração, a meditação e à contemplação. Morando em nós, o Espírito de Deus se entristece com os nossos pecados e nos constrange ao arrependimento e, por fim, nos sela para a salvação, que é o penhor, a garantia que Deus nos dá de que haveremos de herdar plenamente o Seu Reino.
Em meio à atordoante rotina e alucinante vida contemporânea se é possível desfrutar da verdadeira companhia do Santo Espírito. Podemos experimentar a plenitude e o poder do Espirito Santo hoje. Se nos dedicarmos, com zelo, as disciplina espirituais, nos apropriaremos pessoalmente daquele evento. Pentecostes foi o cumprimento das promessas dos profetas do Antigo Testamento de que o Messias derramaria Seu Espírito sobre Seu povo. Foi assim que Pedro entendeu, ao dizer que a descida do Espírito era o cumprimento das palavras de Joel (At 2). Pentecostes é um evento da história da salvação e à semelhança da morte e da ressurreição de Cristo, ele não se repete. E da mesma forma que hoje continuamos a nos beneficiar da morte e da ressurreição do Senhor, continuamos a beber e a nos encher daquele Espírito que já veio de um vez por todas ficar na Igreja.
Devemos buscar esta plenitude do Espírito. Devemos quere ser sempre cheios do Espírito. Buscando este enchimento cotidianamente experimentaremos vida nova cotidianamente.
Em Pentecostes, um dos eventos salvíficos, além das línguas proclamadoras das boas novas houve também outros sinais históricos da salvação, como o som de um vento impetuoso e a aparição de algo como línguas de fogo.
Hoje, nosso desafio não é falar diferente ou ver manifestações sobrenaturais, mas é sim uma contínua busca desse enchimento do Espírito, de andarmos no Espírito, vivermos no Espírito e cultivarmos uma vida no Espírito. Só assim seremos transformados e transformaremos onde estivermos realizando a missão de Deus aqui neste mundo.
Reverendo Jorge Diniz