Celebramos a Páscoa dos 500 anos da reforma, buscamos uma reforma que seja constante, contínua. Páscoa é ressurreição, renovação e nela temos vida. Somos regenerados, justificados, temos a certeza de que também ressurgiremos e de que nossa vida não se limita ao tempo que vive nosso corpo mortal, seremos transformados! A ressurreição nos convida a colocar a “mão no arado” e a trabalhar para a boa causa do Reino de Deus.
Entretanto, há momentos na vida que não enxergamos o que é requerido de nós. Nessas horas alguém precisa nos orientar naquilo que convém ser feito. Alguém precisa nos pegar pelas mãos e nos apontar o caminho. O problema é que muitas vezes temos dificuldades em receber ajuda e em ouvir conselhos de outros. O crescimento humano é algo que forçosamente vem pela dor e pelo trauma. Como Saulo teve a sua experiência marcante, traumática, assim nós precisamos da ajuda de Deus para que possamos enxergar melhor ao nosso redor. Saulo precisou de que Deus o interrompesse em sua jornada e colocasse pessoas em seu caminho para o orientar. Assim acontece conosco.
Jesus ressuscitou! O que devemos fazer? Existem, pelo menos, duas respostas: uma pessoal, ilustrada com a pessoa de Saulo de Tarso; e outra coletiva, ilustrada com a pessoa de Ananias.
Aprendendo “pessoalmente” com Saulo devemos buscar as coisas do alto (Cl 3.1-2), ouvir Deus, aprender com Ele, adubar uma relação íntima e transformadora com o Deus eterno. Devemos nos submeter a Ele, nos humilhar diante da poderosa mão de Deus (1 Pe 5.6) para que no tempo dele sejamos exaltados. Devemos também olhar com atenção para os modelos humanos ao nosso redor, aprender com eles, sem se estribar neles. Lembremos do exemplo de Paulo (1 Co 11.1) “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”. E, por último, devemos assumir um serviço efetivo no corpo de Cristo. Precisamos usar com inteligência e dedicação os talentos que nos foram confiados.
Coletivamente aprendamos com Ananias que obedeceu a Deus, mesmo arriscando sua própria vida para abençoar outros. Certamente um ATO DE CONFIANÇA. Apresentemos a proposta do reino para aqueles que estão “cegos”. Mostremos o caminho da verdade, um ATO DE OUSADIA! Acompanhemos o outro no caminho. Invistamos em relações que sejam discipuladoras e mutuamente abençoadoras, um ATO DE SOLIDARIEDADE CRISTÃ.
Quando a igreja cumpre o seu papel, quando eu cumpro o meu papel e você cumpre o seu, fazemos aquilo que devemos e a ressurreição se faz em todos! Que o Senhor nos abençoe!
Reverendo Jorge Diniz