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A entrada triunfal do Cordeiro Pascal

Com nossos corações atentos acompanharemos, nesta semana, a trajetória de Jesus Cristo, desde sua entrada triunfal em Jerusalém, passando pelo Gólgota e vislumbrando sua ressurreição. Neste Domingo de Ramos rememoramos Jesus sendo recebido e aclamado pela multidão de Jerusalém, que entusiasmada balançava ramos de palmeiras e recebia-o como messias-rei, como aquele que libertaria Israel da opressão romana e levaria a nação a tal glória maior que a experimentada nos tempos dos reis Davi e Salomão. “Assim os eventos da Semana Santa começam a se desenrolar neste domingo – dia de luz e de sombras, em que gritos de “hosana” se misturam com as premonições da paixão”, diz o Rev. Richard Irwin, da Igreja Presbiteriana de Toronto (2011).

Mas Jesus já havia se recusado a ser o tipo de messias que o povo esperava, Ele dizia: “o meu reino não é deste mundo”. Assim ele não entrou na cidade santa montado num cavalo de guerra; mas num jumentinho, como o messias Príncipe da Paz, predito pelo profeta Isaías (9.6) e não como imperador romano.

Celebremos hoje com muita atenção e cuidado a fim de que o tema da paixão, seu sofrimento e morte de cruz por cada ser humano, não desapareçam por entre hosanas e ramos; pois Jesus não entrou em Jerusalém para uma festa e sim para uma dorida jornada. Ele entrou na capital política e religiosa da Judéia propositadamente para desencadear a série de eventos que levariam à sua execução na cruz por crime contra a segurança do Estado. E foi na sofrida cruz que Jesus confrontou e venceu para sempre todo o mal da humanidade, como aquele que não tinha aparência nem formosura; como o desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabia o que é padecer. Assim Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, pecados, alienações e dores; foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; foi castigado para estabelecer paz entre Deus e homens!

Antes andávamos perdidos, arrogantes, autossuficientes, independentes, desgarrados como ovelhas sem pastor; mas Ele foi oprimido e humilhado e não abriu a sua boca por amor a cada ser humano (Isaías 53). Venceu a morte e vive eternamente! Celebremos a entrada de Jesus em Jerusalém como o início da salvação da humanidade.

Reverendo Jorge Diniz

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