Somos inundados de gratidão quando perpassamos os meses de fevereiro, um ano se vai e um novo tempo se faz adiante, além da gratidão, um desafio se estabelece! Não imagino que nossos irmãos da época da fundação de nossa comunidade de fé e dos tempos delicados que atravessamos no caminho; a quem somos eternamente gratos e de quem aprendemos, ainda hoje; imaginaram o que foi vivenciado na jornada da Segunda Igreja e o experimentamos atualmente, como igreja. O que herdamos da ação de Deus nessa história é a responsabilidade de continuidade, conscientes da instrumentalidade divina de transformação efetiva que fomos feitos e que Deus, o Senhor, continue sendo cotidianamente o centro.
Celebrando estes 66 anos, reflitamos sobre a igreja de Cristo, que é essencialmente diferente da sociedade na qual vivemos. Ela, a igreja, é chamada dela, da sociedade; está nela, mas não é dela; antes a chama para fora de sua alienação e assim, a chama para experimentar a sensação de pertença a Deus, o Senhor da história, na mais ampla aplicação dessa pertença.
A simplicidade se estabelece em uma reflexão sobre a igreja que alcança toda a humanidade, rendendo à simplicidade a igreja é comparada com o sal e, como ele carrega a ação da refrear, de coibir a decomposição, de restringir a corrupção e de construir uma sociedade mais justa, igualitária, sem preconceitos, imersa em amor e cheia de sabor. Também como sal, a igreja provoca sede aos que estão em seu entorno e, diante da sede, é instrumento de dessedentar com a Água da vida, Cristo Senhor, que supre a todos os sedentos com vida nova que se faz em cada trecho da caminhada.
Com um pouco mais do simples, a luz se faz, e a igreja deve, “como uma cidade sobre um monte”, clarear! Iluminar o rumo, apontar a direção, reconhecer a verdade, a pureza, o valor da vida, do humano; aquecer no frio e ser instrumento de geração de vida por onde passar. A vida da igreja é sua primeira mensagem aos olhos dos outros. A igreja só tem uma mensagem relevante e transformadora se tem vida em seu testemunho. Sem testemunho de vida não há proclamação do verdadeiro evangelho. A vida precede ao trabalho. O exemplo é mais importante do que qualquer atividade.
Como uma comunidade de fé que celebra 66 anos motivada a se reformar continuamente e a olhar para Jesus Cristo como paradigma; olhemos prioritariamente cada um para si próprio e nos aproximemos do Senhor, cultivemos a devoção e sejamos primeiro transformados por Ele. Só assim, como filhos e filhas que andam com o Pai, seremos esta igreja que se dissolve efetivamente entremeada à sociedade, transformando-a com luminosidade eficaz, que não ofusca e como sal que age no seu ponto ideal.
Reverendo Jorge Diniz121212