As Escrituras ensinam que nada escapa do controle divino, incluindo as coisas ruins e más que acontecem a todas as pessoas ou a alguém em particular. Elas não explicam todos os detalhes da complexa questão do mal e do sofrimento, mas deixam claros alguns pontos:
– aqueles que praticam uma má ação são responsáveis pelo fato, e, portanto, culpados;
– Deus não pratica o mal;
– o mal serve aos propósitos de Deus, de algum modo, que Ele não se preocupa, ou tem a obrigação de, ou julga ser necessário, explicar a nós;
– mesmo os eventos da vida, bons ou maus, sendo consequências de múltiplos fatores, o direcionamento, o controle, a contenção são tarefas que incessantemente Deus executa.
O fato de Deus usar o mal para atingir os Seus propósitos não implica que nós possamos agir dentro do princípio de que os fins justificam os meios. Ou, falando de outro modo, não implica que o ser humano possa usar no seu dia a dia a regra de que não há mal em fazer o mal se o objetivo é bom.
Nós não temos condições de controlar todos os resultados de nossas ações, boas ou más. Talvez consigamos coordenar um ou outro resultado, mas não todos eles. Portanto, se fazer o mal fosse uma ferramenta para se conseguir o bem, seria uma ferramenta muito além da nossa capacidade de utilizá-la, e o suposto bem desejado se perderia nas diversas consequências más.
E muito antes pelo contrário. As Escrituras são claras em afirmar que nós devemos resistir ao diabo que, consequentemente, ele foge de nós (Tg 4.7). Jesus ensinou a orar “não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal”.
Há atitudes que somente são possíveis serem tomadas por Deus, e não por Suas criaturas!